No dia 03/11/2010 o Coffito, através da resolução nº 380,regulamentou novas práticas para o fisioterapeuta,dentre elas, a Fitoterapia.
Do grego therapeia = tratamento e phyton = vegetal, a Fitoterapia é o estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças. Seus primeiros registros surgem na China por volta de 3000 a.c. quando o imperador Cho-Chin-Kei descreveu as propriedades do Ginseng e da Cânfora. E com essa regulamentação novas possibilidades de atuação e de parceria com outros profissionais de saúde se abrem à nossa frente e que vão muito além de chás e infusões.
Pesquisas realizadas pelos graduandos do Curso de Farmácia do Centro Universitário Vila Velha e publicada na Scientia/2007 comprovam que o óleo essencial de Eucalipto tem atividade antibacteriana, em especial ao Staphylococcus aureus, além de ser reconhecidamente um expectorante das vias aéreas superiores.
Agora desperte o Einstein que existem em você e pense: Será que ao utilizar o Eucalipto numa nebulização, por exemplo, nós não teríamos uma ação bactericida e expectorante mais eficiente dos que as dos remédios atualmente utilizados? Será que o Eucalipto pode ser uma boa alternativa em pacientes que já passarão por internações sucessivas e que já se tornaram resistentes aos medicamentos comumente utilizados?
Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP constataram que o óleo de copaíba apresenta ação antiinflamatória duas vezes maior que o encontrado no diclofenaco de sódio, um dos medicamentos mais utilizados no mercado.Ressuscitando novamente Einstein: Será que um gel feito a base de copaíba aplicado através do ultrasom não seria um poderoso aliado para iniciar o tratamento de lesões ortopédicas agudas?
Mas você já deve estar pensando: Ah! o médico Dráuzio na série “É bom pra quê?” gerou receio na população e no meio científico frente aos fitoterápicos.
A série exibida no Fantástico, em setembro do ano passado, apenas demonstrou que o número de estudos clínicos cientificamente conduzidos com números estatisticamente significativos de pacientes ainda é pequeno e a polêmica causada mostrou a necessidade de mais profissionais de saúde qualificados gerarem as evidências científicas para o uso dos fitoterápicos de forma segura e eficiente. Como fez, por exemplo, a Drª. em Enfermagem Maria Salete Horácio, professora da Faculdade de Enfermagem de João Pessoa, com o creme de acajumembrana para cicatrização de úlceras venosas.
A essa altura eu tenho fé que você já deve ter percebido as novas e infinitas possibilidades que estudos e parcerias nessa nova área de conhecimento pode nos trazer.
Mas como eu lhe conheço bem, agora você vai perguntar: E as evidências científicas?!
Então eu vou respirar fundo e lhe dizer:
Hoje nos desfrutamos dos estudos, pesquisas e coragem de profissionais de duas ou três gerações antecessoras a nossa. E caso você ainda não tenha percebido, somos nós que vamos deixar as comprovações e os protocolos para as próximas gerações, pois como diria Leonardo da Vinci “São fúteis e cheias de erros as ciências que não nasceram da experimentação, mãe de todo conhecimento”. E isso em todas as áreas da Fisioterapia.
Contudo como vamos fazer isso se ficarmos esperando que alguém em algum lugar do mundo estude, pesquise, tenha coragem, se arrisque, quebre a cara, estude mais, pesquise mais, acerte, determine o protocolo, anuncie ao mundo científico como deve ser feito na prática, publique, traduza para o nosso idioma e nos mande mastigadinho para na nossa caixa de mensagem?
E tudo isso, enquanto nós...
...placidamente lamentamos que o mercado para Fisioterapia está saturado.
Precisa dizer mais alguma coisa !?
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