Outro dia, nem sei porque, seguindo por um desses caminhos que a internet nos leva,acabei topando com uma oportunidade de empreendimento dada por nossos colegas da UESB Universidade Estadual do Sudoeste em Jequié, na Bahia. Inclusive eu comentei com eles o quanto essa oportunidade poderia ser algo interessante durante a I Semana Baiana de Fisioterapia, onde eu tive a honra de participar e que os alunos de lá realizaram brilhantemente.
Esse caminho me levou a notícia de que lá estavam abertas as inscrições para o projeto de extensão Intervenção Fisioterapêutica nas Cefáleias através da Terapia Manual.
Segundo dados coletados pelos neurologistas Luiz Paulo Queiroz, da Universidade Federal de Santa Catarina, e Mario Peres, do hospital Albert Einstein, de São Paulo, numa pesquisa que ouviu quase 4.000 pessoas, entre 18 e 79 anos, a dor de cabeça é um grande tormento no Brasil.
O país aparece entre os cinco primeiros colocados na lista de incidência das cefaléias mais comuns e penosas. Nós somos os campeões da dor de cabeça crônica diária e estamos em quarto lugar tanto no ranking da cefaléia tensional quanto no da enxaqueca. Juntas, essas três criaturas martirizam a vida de pelo menos 63 milhões de brasileiros.
Ainda de acordo essa pesquisa os brasileiros tendem a esperar para ver se ela desaparece sozinha. Só que isso dificilmente ocorre. Quanto mais o tempo passa, mais intensa fica a dor e, por tabela, maior é a quantidade de medicamento ingerida, em especial porque nós somos também campeões da auto medicação. A ingestão de um comprimido mais de duas vezes por semana durante três meses já é o suficiente para transformar a dor de cabeça eventual em crônica. Para se ter uma idéia, sete de cada dez brasileiros com dor de cabeça constante tomavam analgésicos de maneira inadequada.
Aí é somar dois + dois:
A Fisioterapia oferece uma possibilidade real, comprovada cientificamente, não invasiva, não medicamentosa e praticamente desconhecida da grande maioria da população.
Precisa dizer mais alguma coisa?...
Que tal começar 2011 diferente?
Excelente matéria!
ResponderExcluirA fisio tem um potencial enorme, ainda pouco explorado. Além disso, em geral os fisioterapeutas não sabem, não foram ensinados a fazer marketing, e isso limita o crescimento da profissão. Divulgar a fisio ressaltando que ela é um meio não invasivo, seguro de resolver as dores, é um dos principais caminhos. Acho ainda que a área de prevenção com a fisio é muito pouco explorada. Todo mundo vai fazer um checkup anual com o médico. Porque não com o fisio também?
Abraço,
Claudio