Primeiro você aprendeu Bioquímica, depois Fisiologia Humana. Aí você conheceu Anatomia e só então descobriu as Terapias Manuais. Para começar você foi apresentado ao que é Marketing, agora precisa entender o que é Branding.
A palavra Brand em inglês significa marca, a tradução literal do termo Branding seria marcando. O Branding concebe os elementos de expressão de uma marca. Na prática, Branding é a imagem percebida que se tem sobre alguma coisa. Aplicando isso no campo profissional, a tua marca é a imagem que os outros têm ti, e Branding Pessoal é a imagem que os outros percebem de você.
E você já deve estar pensando: Lá vem ela outra vez, sendo solidária e dividindo o dever de casa dos MBA’s da vida comigo. Porque cargas d’água eu tenho que entender o que isso?
Retirando a velha camada de mielina de seus neurônios, puxe pela memória, o tempo em que você ainda era estudante na graduação. Com certeza no fundo da sala sentava alguém que sempre puxava conversa com o colega no meio da explicação do professor, contava piadinhas sem graça no meio da aula, bagunçava no laboratório de anatomia fazendo pouco caso dos cadáveres, dava gargalhadas na biblioteca, nunca entregava os trabalhos em dia, etc...,etc...
Qual a imagem que professores, técnicos de laboratório, funcionários e colegas em geral tinham dessa pessoa? Contudo esse alguém era uma pessoa do bem, inteligente, companheira, disposta a quebrar um galho, estudiosa até, mas só aqueles que conviviam de muito perto com a ela na sala, é que sabiam disso.
O tempo passa, e a medida que o curso avança, os professores e os colegas começam a cobrar dele um comportamento mais adequado, e ele até se enquadra. Porém, apesar disso alguns professores já chegam na sala, no primeiro dia de aula, com um certo pré-conceito desse colega, e ele tem passar o resto do curso provando que é um excelente profissional.
O curso termina, mas o mundo profissional é pequeno, e um belo dia, nos corredores de uma instituição, esse colega descobre que aquele professor, cuja aula ele infernizava ou que aquele colega que nunca conseguia estudar direito na biblioteca por causa de suas gargalhadas, vai ser seu colega de trabalho, com a memória cheinha de recordações nada interessantes sobre ele, para o mundo profissional.
E tudo isso porque, a pesar de seu colega ser brilhante, a marca que ele imprimiu ao longo do curso foi a de ser pouco comprometido, pouco profissional. A nossa marca é aquilo que as outras pessoas irão recordar de nós. Então em desespero, esse colega diz a si mesmo: Ah isso tudo foi a muito tempo,e todo mundo merece uma segunda chance!
Triste engano. Na realidade, raramente você tem uma segunda chance de causar uma boa primeira impressão, diz Robert Wong que foi presidente da Headhunters Korn/Ferry, uma das maiores consultorias de seleção de executivos do mundo. Reconhecer e definir a nossa própria marca é importante porque, muitas vezes, o que queremos que os outros pensem de nós, nem sempre é o que eles vêm na realidade.
A idéia da marca pessoal nasceu em torno desde 1977, quando Tom Peters, um mestre da gerência de negócios, escreveu um artigo chamado A Marca Chamada Você. A nossa marca pessoal não é algo que inventamos para agradar os outros, mesmo porque a coisa mais exaustiva que você pode fazer é ser inautêntico disse Ann Morrow Lindbergh, aliás uma grande empreendedora de seu tempo. Ela foi a primeira norte-americana a obter brevê de piloto de planador.
Primeiramente, é preciso descobrir a nossa visão de mundo e o que estabelecemos como missão. Inclusive Robert Wong em seu livro O Sucesso esta no Equilíbrio, afirma que a grande chave do sucesso pessoal e profissional pode ser conseguido por meio de uma viagem interior, de autoconhecimento. Assim à medida que, vamos nos descobrindo e ganhando mais auto-conhecimento, vamos definindo a nossa marca.
O Branding Pessoal implica uma gestão eficaz de como os outros nos interpretam e do que pensam sobre nós. Vamos ser realistas, no mundo profissional, todos nós somos um adjetivo que nos qualifica no mercado. Construímos na mente dos outros um adjetivo para nos representar e isso é repetido, toda hora para nos descrever. A soma dessas repetições na nossa rede de contatos forma a percepção que o mercado profissional tem de nós.
Ah! Mas você não sabe qual é esse adjetivo? Pois fique esperto porque é ele que está determinando o seu valor no mundo profissional, e considerando que a concorrência aumenta a cada dia na área da saúde; e que por conta do baixo nível de competência de muitos profissionais, nos dias de hoje, ninguém escolhe um profissional de jaleco branco seja empregador, cliente, parceiro e até fornecedor, sem primeiro buscar informações sobre ele. Esse adjetivo é para sua carreira profissional, o que era o Abre-Te, Sésamo para o Ali Babá.
E a essa altura você já deve estar querendo saber qual a diferença entre Marketing Pessoal e Branding Pessoal. O Marketing determina as ações práticas, visíveis que geram retorno para uma marca. Resumindo, se o Marketing Pessoal é a árvore, as raízes são o Branding.
Portanto comece a pensar sobre quem você é profissionalmente, a se autoconhecer porque ao iniciar este processo de descoberta de suas características, encontrará também o seu diferencial. Daí, decida com qual palavra você quer ser qualificado pelo mercado, e quais as ações necessárias para tornar esse adjetivo visível. Repetindo o que disse William Arruda, um dos percussores do Personal Branding no mundo, o que te faz único te traz sucesso.
Você pode aprender muito mais sobre essa ferramenta profissional com um Mestre no assunto, Arthur Bender, em seu blog ele explica sobre os princípios do Branding Pessoal de maneira bem objetiva e prática (Muito melhor que nos MBAs da vida...vá por mim que eu garanto).Como eu sou uma pessoa muito legal, para facilitar sua vida, segue abaixo os links diretos para o textos, mas seja curioso dê olhada no que tem por lá.
Lei 01 Lei 02 Lei 03 Lei 04 Lei 05 Lei 06 Lei 07 Lei 08 Lei 09 Lei 10
Esse é um artigo muito importante para os estudantes. São conceitos muito pouco trabalhados nos cursos de graduação em fisioterapia, e são essenciais para quem vai entrar no mercado de trabalho ou abrir o próprio negócio.
ResponderExcluirMuito bom!
Um abraço,
Claudio