Riscos e Perigos

Vamos ser realistas: Se estar aqui fosse para ser fácil, o planeta não se chamava Terra, chamava Paraíso. Viver é correr riscos. Empreender também. Mas segundo Waldez Ludwig, psicológo, consultor em gestão e considerado um dos 100 melhores palestrantes do Brasil:“Você pode correr altos riscos com baixo perigo – a palavra que está no meio chama-se planejamento”.

Então o que é risco e quando ele se torna um perigo?

Risco é uma expectativa de perda que surge quando uma ameaça encontra uma vulnerabilidade no nosso empreendimento, que se explorada causará um possível prejuízo.

E as ameaças estão em toda parte. Os especialistas as classificam de várias formas, basicamente elas são:

· Macroambientais que são as de ordem econômica, social, política, tecnológica e ambiental, esta última vem ganhando destaque em algumas regiões do país.Pense no colega que tem prestar o serviço em algum lugar da região Sul, por exemplo, que frequentemente tem sofrido com fortes tempestades e até tornados.

· Setoriais que são as ameaças criadas por fornecedores, concorrentes, produtos alternativos e até por clientes. Imagine que está tudo pronto para que sua clínica inicie suas atividades, e faltando uma semana para inauguração o fornecedor informa que os equipamentos não vão chegar no prazo acertado.

· Operacionais são as que surgem no desenrolar do dia a dia como às relacionadas a funcionários, sócios e aos custos. A recepcionista passou o dia inteiro tratando mal os clientes, num dia em que todos estavam lá pela primeira vez.

Os riscos podem ser conhecidos, quantificados e, conseqüentemente, minimizados. A explicação do porque nem sempre conseguirmos fazer isso está no comportamento humano: reconhecer quais são as ameaças depende de fatores subjetivos, que norteiam a personalidade de cada um, como os éticos, morais e culturais e que portanto, devem ser considerados numa avaliação de risco.

E é assim que um risco se torna perigoso, pois PERIGO = RISCO X EXPOSIÇÂO, ou seja, eu tenho perigo de acordo com o quanto fico exposto ao risco. Um exemplo: uma recepcionista de mau humor uma vez por ano, dá para resolver com um pedido de desculpas, mais se ela trabalha assim todos os dias, está botando para correr sua clientela.

Gerenciar os riscos nada mais é que identificar, e assim controlar, os eventos incertos, eliminando-os ou minimizando-os seus efeitos sobre o processo. Uma das ferramentas mais poderosas no gerenciamento de riscos é o conhecimento. Conhecer desde as coisas mais simples as mais complexas. Isso não significa se tornar um expert em tudo, mais sim prestar atenção.

Se você presta atenção no seu funcionário, vai perceber quando ele chegar mau humorado, antes que eles dispare uma metralhadora de ofensas sobre seus clientes;se prestar atenção em seu sócio vai perceber quando ele já não demonstra tanto interesse e assim se antecipar aos problemas que surgirão com sua saída;se prestar atenção ao boletim meteorológico no jornal diário saberá que uma frente fria se aproxima e que os deslocamentos pela cidade ficarão complicados,etc,etc,etc...

Tem que ter, como dizia aquele velho desenho animado, olho de Thandera, visão além do alcance. Fácil? Nem um pouco. Enxergará tudo, o tempo todo? Nem sempre. Mais o ato de observar, de prestar atenção é uma habilidade, que se aprimora com a prática.

De posse do conhecimento, virá o planejamento. Com ele os riscos considerados mais importantes pela possibilidade de se tornarem perigos e aqueles cujos efeitos e conseqüências são considerados de gravidade apreciável não passarão, como disse o nosso Presidente Lula, de marolinha.

Bom, chegamos ao fim da nossa viagem. Claro que isso não é curso de gestão de negócios de saúde, mas já acende uma luz de coragem para que em 2010, você coloque sua idéia empreendedora para frente e para que em breve eu possa realizar um sonho: inaugurar a seção Casos de Sucesso neste blog.