Ética Profissional e Pessoal: O Casamento Perfeito

Vivemos um tempo de contradições: Entre o desenvolvimento notável das Ciências da Saúde e uma profunda crise ética profissional neste segmento.

Alguns consideram que, profissionalmente, a ética é relegada a um segundo plano devido as pressões do mercado.Segundo Adriana Ventura, Doutora em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas, “Freqüentemente as pessoas adotam um duplo padrão de ética, um para a sua vida privada pessoal, e outro para profissional”.

E como todos têm observado, a ética não pode ser mais considerada como um tema filosófico, mas como o problema por excelência da atualidade. Não pode mais constituir um ideal que seja nobre na teoria mais que não funcione na prática.

Um valor apenas adotado, no qual acreditamos sinceramente, de pouco vale se não se traduzir em ação. A ética está vinculada diretamente ao comportamento humano, à maneira de um ser humano agir. É isto o que torna um indivíduo íntegro e único. Suas atitudes são uníssonas: não há ambigüidade e sim coerência de comportamentos.

Ser fisioterapeuta, portanto, não é somente dominar técnicas para melhorar patologias. É sobretudo adotar uma ética profissional que configure nossa identidade na sociedade.E como somos uma ciência jovem precisamos crescer e aparecer de forma cada vez mais confiável.

E nesse ponto está uma questão fundamental: A consciência do coletivo. Quando um fisioterapeuta faz alguma coisa que não é legal, em qualquer lugar do país, todos saem prejudicados. Nos dias de hoje a informação se espalha numa velocidade impressionante. Principalmente a informação negativa.

E não é algo tão extraordinário assim.Basta se lembrar do seguinte príncipio: “Primum non nocere”, expressão em latim que significa “Acima de tudo, não prejudicar”.Não prejudicar o paciente, não prejudicar a si mesmo, não prejudicar uma classe profissional inteira.