quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Abra seu 3° olho!

Profissões da área da saúde,assim como da educação, eram e ainda são consideradas por muitos, como sacerdócio. Bastava salvar vidas.

Enquanto isso,nas profissões de outras áreas eram ensinadas, pesquisadas e exigidas outras habilidades além do conhecimento técnico. Eles tinham que ser ”mais altos, mais fortes, mais rápidos”.

Mas tudo evolui, e as instituições de saúde não são mais, apenas templos de cura e reabilitação, são também negócios que precisam gerar lucro e é necessário que os integrantes dessas empresas compreendam isso.

Não basta saber reabilitar, é preciso agregar valor, conquistar novos clientes, implementar inovações e divulgá-las para o mundo.Por isso nos está sendo cobrado a adoção de novas atitudes dos fisioterapeutas e essa cobrança será cada vez maior e mais intensa.

Muitos fisioterapeutas acham que essas novas exigências são mais um modismo e que passará logo. Não é. Você pode não querer acreditar, mas quem não antecipa o futuro é atropelado por ele.

Onde quer que estejamos, numa instituição pública ou privada, pequena ou grande, na capital ou no interior, contratados ou prestando serviço, empregados ou a domicílio: mais dia, menos dia, a cobrança chegará. E nós precisamos estar preparados.

E você já deve estar pensando: É a treva! Para quem não se adaptar será.

Parte da nossa falta de conhecimento sobre atitudes empreendedoras, marketing, diferenciação no mercado competitivo, etc.. é culpa dos cursos de graduação. Eles ainda contemplam muito mais o conhecimento técnico e muito pouco o conhecimento do mercado de trabalho e de como se estabelecer nele.

Como diz o grande colega Humberto Neto, a gente não recebe um manual com Noções de Sobrevivência na Selva Urbana. Mas a concorrência cada vez maior e a necessidade de sobrevivência desperta a busca pela diferenciação. Com todas as outras profissões foi assim, com a nossa não será diferente.

Portanto:Se você é empregado: invista cada vez mais em se tornar importante para sua instituição, não se acomode.Se você presta serviço a instituição: seja aquele que traz alguma inovação para a instituição, não apenas um contrato.Se você trabalha em domicílio: tenha um diferencial em sua área e divulgue para o mundo, não se esconda.

Abra o seu terceiro olho e veja mais além, porque nós também teremos que ser ”mais altos, mais fortes, mais rápidos”.

2 comentários:

  1. Lívia,
    Suas postagens são sempre interesantíssimas. Gostaria de acrescentar algumas reflexões minhas.
    Acredito que muitos profissionais da área médica realmente carregam esta noção de sacerdócio. Acredito que isso não seja de todo um mal. Na verdade considero, sim, uma qualidade louvável. O problema é quando isso passa a ser senso comum. Isto é: Quando a sociedade passa a enxergar o profissional de saúde como um benfeitor abnegado, disposto a fazer todo tipo de sacrifícios pelo próximo.
    Eu sempre falo com os alunos:
    Reabilitação não é caridade, é profissão! Não somos comerciantes nem mercenários, mas também não devemos fazer voto de pobreza.
    No Brasil as pessoas sempre olham com desconfiança alguém que conseguiu "subir na vida", prosperar com sua clínica, ou que atende apenas pacientes de alto poder aquisitivo.
    Devemos olhar com atenção, eu diria até com uma "inveja boa", pra essas pessoas, pois seu "plano de vôo" funcionou. Com certeza, estas pessoas que hoje atendem atores da Globo já atenderam muitos "Zés" e muitas "Marias" antes de conseguirem se estabelecer nesse nicho de mercado... e te garanto que eles se estabeleceram baseados na qualidade de atendimento e não só pelo fato de serem bonzinhos com os pacientes.
    Bem, esse foi o recado. Ganhar dinheiro não é pecado, devemos admirar as pessoas que conseguiram fazer isso com honestidade e seguir seu exemplo.
    Parabéns pelo blog e desculpe pelo comentário kilométrico
    Humberto

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  2. Muito bom Lívia, suas postagens são mto boas,reafirmam meu modo de pensar organizadamente kkk,gestão em fisioterapia é o que nos falta na graduação, saímos da faculdade loucos para colocar a "mão na massa" aí começam os atropelos...e os pensamentos negativos e a desvalorização...fisioterapia não dá dinheiro, fisioterapeuta tem que ralar muito,pq eu fiz fisoterapia e não medicina...o mercado tá saturado...não adianta abrir meu consultório ja tem mtos por aí...admito que mtos ja passaram pela minha cabeça, mas aamo o que faço e não desisto, só tenho que organizar e aprender GESTÂO!abraço

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